Vozes, num dia sem imagens

O dia iniciou-se ao redor da mesa grande, com conversas e mais conversas... estávamos cheios de pedalada (de tal forma que a professora teve de por de lado o que tinha planeado... ela até já está habituada, pois faz isso muitas vezes!)
Como hoje a máquina ficou na escola, partilhamos apenas o conteúdo de uma interessante conversa que tivemos logo pela manhã...

O Vicente partilhou com o grupo que quando for grande quer ter 4 carros:
- Um Ferrari amarelo, um Lamborghini laranja, um Audi branco e... um daqueles que tu falaste, aqueles que são eléctricos.
- Pois, em vez de meter gasolina liga-se a ficha...
- Mas para isso tens que ter muito dinheiro!
- Pois é, como tem o Cristiano Ronaldo, mas ele tem 8 carros e eu só quero quatro!
- Ele ganha muito dinheiro porque é bom jogador...

E então a professora contou-nos um bocadinho da vida deste jogador português, que teve que treinar muito e estar afastado da família, para conseguir ganhar assim tanto dinheiro.
- Pois é, para se ganhar dinheiro tem de se trabalhar...
- É como o pai e a mãe.
- Oh, eu qualquer dia vou abanar uma árvore com muita força e depois cai o dinheiro todo e eu apanho e fico rica! - disse a Maria.
- Mas o dinheiro não nasce das árvores!
- Então, onde nasce o dinheiro?
- O dinheiro não nasce, temos que o ir buscar ao banco!

Ficamos a saber que, para podermos ir buscar dinheiro ao banco, ou pagar as compras com o cartão, primeiro temos que o pôr lá! E daí a conversa passou para os bancos...
- Eu na minha casa tenho muitos bancos!
- Mas não são desses de sentar... (risos)
- Pois não, são bancos de guardar dinheiro e têm um cofre.
- Por causa dos ladrões não roubarem!

Nova reviravolta, desta vez para ladrões e polícias: 
- Como é que os ladrões fazem para roubar?
- Vestem roupa preta, para ninguém os ver...
- E põe uma máscara, para não os conhecerem.
- E vão assim muito caladinhos, com sapatos de veludo, como nós fazemos quando jogamos ao cão e ao osso!
- Por isso ninguém os vê nem ouve.
- Ás vezes têm armas e outras não.
- Mas depois vêm os polícias e prendem-nos.
- Eu quando for grande quero ser polícia - disse o Gustavo - um polícia daqueles... como é que se diz, Afonso?
- Da Judiciária! - respondeu o Afonso.
- Pois, nós os dois vamos ser da Polícia Judiciária!
- Mas os ladrões não vêm à nossa escola, pois não?
- Não, temos que ter o portão sempre fechadinho...
- E em casa também, a minha mãe fecha sempre!

E, se não fosse por já ter passado a hora do lanche... o entusiasmo daria para outro tanto!

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