Uma "Aula de gramática"...

Na nossa sala as conversas são como as cerejas... quando se começa vai-se por aí fora, não se sabendo bem aonde se vai parar. Foi o caso desta...

A discussão começou em torno de uma designação. Afinal como é que se diz?

Se forem rapazes, diz-se filhos.

Se forem raparigas diz-se filhas.

E se forem um rapaz e uma rapariga?

Diz-se filhos.

Não é nada filhos, é filha e filho.

Tomamos então vários exemplos, nomeadamente das próprias educadoras, pois todas têm situações diferentes:

Então a Zinha, que tem duas filhas, quando quer falar delas, como diz?

- Filhas.

E eu, se quiser falar dos meus filhos, como digo?

- Filhos.

No caso da Milú, que tem um rapaz e uma rapariga, como é que ela diz?

- Filhos, também.

Aqui é que não havia acordo, pois havia quem não achasse correcto que se dissesse filhos, quando um deles era menina.

Então porque é que não podia ser filhas e um deles ser rapaz?!?

O raciocínio lógico está mesmo a funcionar...

Somos um pouco pequenos para estas questões tão complexas da língua portuguesa, mas não é por isso que elas devem ficar por explicar... sempre de modo acessível à nossa compreensão.

Ora aqui  emprega-se a gramática que é o instrumento que dita ou preescreve as regras de uma língua, posicionando as suas prescrições como a única forma correcta de utilização dessa língua e categorizando as outras formas possíveis como erradas.  
Fonte - http://pt.wikipedia.org/

 

As regras da gramática portuguesa definem que o masculino prevalece sobre o feminino, apesar de ser possível fazer-se de outras formas... tal como nós dissemos. Mas não podemos "saltar" a regra... assim, basta haver um elemento masculino, para todo o grupo se designar na forma masculina. 
Há outros exemplos que ajudam a perceber o funcionamento da regra, como: amigos/amigas, irmãos/irmãs, primos/primas, tios/tias, etc.

Assim, apesar de ainda sermos pequenos, hoje foi dia de "aula de gramática"!